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Entrevista com Aldo Costa

 

 

Marivaldo Costa da Silva Junior (ALDO): Graduado em Letras Vernáculas com Inglês pela UCSal, com experiência de 16 anos na área de Ensino de Línguas, Didática da Língua e Metodologia do Ensino da Língua Inglesa. Fala fluentemente Língua Inglesa e Espanhola. Pós-graduando em Língua Inglesa pela FTC, deu início ao Curso de Doutorado em Didática da Língua e da Literatura, na Universidade do País Vasco, Espanha, tendo feito algumas disciplinas presenciais. É aluno especial do curso de Mestrado em Linguística da UFBA. Foi aprovado nos Concursos Públicos para Professores da Rede Estadual de Ensino da Bahia e da Prefeitura de Candeias, ambos tendo sido aprovado em segundo lugar. Hoje, atua na FTCead como Professor Tutor do Curso de Letras Vernáculas com Inglês, na EBN Ensino Fundamental, como Coordenador Pedagógico, no curso de Inglês CETI - Centro de Estudos Técnicos e Idiomátcios, como Coordenador, no curso UPTIME Consultants como Professor de Inglês, no Colégio Resgate, como professor de inglês, e continua trabalhando informalmente com aulas particulares de inglês, espanhol e português para estrangeiros e traduções em geral.

Endereços para acessar este CV: 

https://lattes.cnpq.br/4327517685261630 ou  https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4213016U1

 

PERGUNTAS/RESPOSTAS

Aldo Costa

ALUNAS: Se você fosse um político o que poderia fazer para mudar a situação educacional no País?

Prof. ALDO: A solução educacional do Brasil não é IMEDIATISTA, deve ser em longo prazo, no mínimo 10 anos. Não poderemos modificar o sistema educacional todo de uma vez, em todas as séries. As séries são modificadas e mudam aos poucos, cada série sendo padronizada; capacitando os professores por série. Quando passassem  dez anos tudo estaria modificado.

ALUNAS: Como estimular os jovens a ingressarem na carreira docente?

Prof. ALDO: Desenvolver um plano de carreira docente valorizando o profissional de educação, nivelando o seu piso salarial ao piso salarial das demais funções elitizadas, além de disponibilizar para este mesmo profissional que um up grade o auxilie na sua constante atualização.

ALUNAS: Por que a educação e tão RUIM no Brasil?

Prof. ALDO: Por questões Históricas e Políticas, enquanto Brasil continua com seu conhecimento intelectual limitado, não terá parâmetros comparativos para tomar as decisões necessárias e interferir no funcionamento de uma sociedade em que vive. Assim, os detentores do poder e do conhecimento continuarão manipulando a sociedade sempre ao seu favor. Afinal, seres humanos não instruídos são seres inseguros.

ALUNAS: Como descobriu que queria ser professor? Ou o que levou a optar em ser professor?

Prof. ALDO: Vim de uma família de professores (mãe, tia, tio), Quando criança costumava me reunir com a vizinhança, com o quadro negro para ajudá-los a resolvê-los os deveres de casa. Creio que assim somou o gosto a prática e resolvi me intitular como professor. Hoje minha profissão se confunde com minha própria identidade.

ALUNAS: O que e humildade pedagógica?

Prof. ALDO: Acredito que Humildade Pedagógica se dá quando o docente se despe de todo seu orgulho pela sua posição, com o simples intuito de trazer para próximo de si o aprendizado que deposita toda confiança e expectativa nele.

Assim praticando uma pedagogia inclusiva associada ao posicionamento humilde de aceitar que mesmo no papel de professor ele ainda é um aprendiz, pois o professor aprende também de seu próprio aprendizado.

ALUNAS: Para ser um bom docente e preciso ser um bom discente?

Prof. ALDO: Sim, acredito que não há possibilidade de se explicar como se deve fazer algo se você não vivenciou aquilo, então para que você exigir  que seus alunos sejam bons aprendizes, no mínimo você tem que saber como se aprende.

ALUNAS: Sabemos que a muito tempo o inglês tornou-se necessário, sendo imprescindível a utilização dele. Por que essa busca desenfreada pelo inglês?

Prof. ALDO: Politicamente, a língua que tem poder e evidencia sempre  é a Língua do País dominante, por muito tempo, até a atualidade, os Estados Unidos tem estado no topo do nosso  contexto político. Portanto, a necessidade de se comunicar em Inglês é evidente, linguisticamente, Inglês é uma língua funcional e prática, o que a torna extremamente COMERCIAL, facilitando sua disseminação no mundo inteiro.

ALUNAS: O Inglês é necessário ou imprescindível?

Prof. ALDO: Necessário, imprescindível é UTOPIA, porque se fosse imprescindível várias pessoas estavam desempregadas por não aprender o Inglês.

ALUNAS: Qual o pior: Falar errado ou não ter conteúdo? Justifique.

Prof. ALDO: Uma coisa está atrelada a outra, se fala errado é porque não tem conteúdo, na verdade não é falar errado é você não saber se expressar de forma clara.

ALUNAS: Ao entrar pela primeira vz em uma sala de aula  sabia o que fazer e como fazer?

Prof. ALDO: Já era natural, foi tranqüilo.

ALUNAS: O que passaria como ajuda para os futuros professores superarem os problemas do cotidiano?

Prof. ALDO: Estar sempre apto aos improvisos necessários, para situações inesperadas tendo como foco a assertividade pedagógica.

ALUNAS: Existe uma tendência da escola privada em aderir a uma espécie de mercantilização da educação?

Prof. ALDO: É fato, o resultado pedagógico é secular, o resultado financeiro é primordial. Existem alunos que são aprovados para o ano seguinte mesmo não estando aprovado.

ALUNAS: Que linha pedagógica você mais se identifica para atuar em sala de aula?

Prof. ALDO: Libertário Construtivista.

ALUNAS: Sabendo que o português é uma língua que tem muitas nuances. Como podemos realizar a análise do discurso?

Prof. ALDO: Ter várias nuance é natural no idioma que geograficamente é extenso como o Português no Brasil. Se levarmos em consideração os outros Países que tem como língua oficial a língua portuguesa, ganhamos mais possibilidades conotativas. Sendo assim, para realizarmos uma análise do discurso com menos possibilidade de desvio da verdade do autor, devemos  levar em consideração o contexto  de sua produção, o objetivo  do autor e o próprio histórico  de vida do autor, assim conseguiremos nos aproximar da alma do autor e poderemos, apenas poderemos, alcançar a ideia  real que o autor  gostaria que seu leitor obtivesse.

ALUNAS: Quais os critérios utilizados para se corrigir uma redação? O que se pode fazer para melhorar a qualidade, bem como o nível da mesma?

Prof. ALDO: Estética na redação- formato: Parágrafos, espaçamentos, tamanho da fonte, em seguida a norma culta da língua. Logo, a efetividade na comunicação clara e objetiva, para se ter qualidade na redação se faz necessário  ter domínio do assunto que será abordado, levando em consideração todos os focos gramaticais   e substituindo  palavras ou expressões duvidosas por aquelas que se tem certeza  da sua correção dentro do contexto gramatical.

ALUNAS: Podemos dizer que o inglês Britânico é mais formal que o americano? Por quê?

Prof. ALDO: Não, o britânico é formal por si só, o Britânico, por ser a raiz do Inglês, é a língua “in natura”, apesar de que todas as línguas têm sua formalidade e informalidade. Porém, é notória a interferência da formalidade presente na cultura monárquica inglesa no uso linguístico de seu idioma oficial.

ALUNAS: Podemos dizer que o inglês Britânico é mais formal que o americano? Por quê?

Prof. ALDO: Não, o britânico é formal por si só, por ser a raiz do Inglês, é a língua “in natura”, apesar de que todas as línguas têm sua formalidade e informalidade. Porém é notória a interferência da formalidade presente na cultura monárquica inglesa no uso linguístico de seu idioma oficial. Interagir na sociedade  através de parâmetros comparativos adquiridos com o uso efetivo de uma língua estrangeira.

ALUNAS: Em sua opinião as escolas brasileiras têm investido na língua inglesa?

Prof. ALDO: Não investe da forma correta, o objetivo apresentado pelas escolas brasileiras é superficial e puramente gramática não levando ao aluno o conhecimento amplo da língua.

ALUNAS: O que precisa melhorar tanto na língua Inglesa, quanto na Portuguesa para que tenhamos eficácia na comunicação?

Prof. ALDO: Escutar, processar e compreender a língua, tanto a  Portuguesa quanto a Inglesa. O Brasileiro tem uma grande tendência a se precipitar nas suas compreensões.

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